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11 de mar. de 2015

Review: The Darkness II (PS3, X360, PC)



Gênero: Tiro em Primeira Pessoa - Fabricante: Digital Extremes  - Distribuidor: 2K Games - Site: www.embracethedarkness.com - Lançamento: 07/02/2012

Poucos games conseguem trazer uma sensação inovadora construída sobre mecânicas repetitivas. The Darkness II é um deles, com mais adrenalina que nunca e história marcante. Jackie Estacado protagoniza a sequência para o game lançado há mais de cinco anos para os consoles, desta vez como chefe de sua poderosa família. Com a morte de sua namorada pesando sobre sua consciência, a Escuridão, verdadeira estrela do game, começa a encontrar seus caminhos de se manifestar.

Sinta o Poder
Em jogabilidade, The Darkness II progride sobre as mecânicas do primeiro game e permite ao jogador o uso dos poderes sobrenaturais de seu personagem. Além das armas empunhadas à maneira tradicional, os dois braços demoníacos na tela servem às funções mais divertidas do título, agarrar itens, obstáculos e inimigos na tela e arremessá-los e partir os inimigos ao meio, causando todo tipo de destruição imaginável. Eles também coletam armas dos corpos dos inimigos, sendo possível misturar peças diferentes para cada mão humana a qualquer instante.

A história é contada de maneira sombria e violenta, imitando uma realidade tensa. O game faz uso pesado de cutscenes, que interrompem com certa frequência a jogabilidade. No entanto, as cinemáticas são interessantes e realmente prendem a atenção. Os gráficos misturam-se bem com as mecânicas de jogo, embora a movimentação do personagem se distancie um pouco do que jogadores das franquias mais vendidas estejam acostumados. Já em parte sonora, é melhor colocar um tampão no ouvido de quem estiver na sala. Não porque os efeitos sejam ruins, mas porque a trilha sonora bem composta e os constantes ruídos demoníacos do personagem e dos inimigos são suficientes para elevar os batimentos cardíacos a um ponto alucinante. 

Controlar todos os recursos do game é complexo e requer prática, mas a sensação de criar mortes mais violentas para ganhar mais pontos e de ter poder sobrando para lidar com as ameaças é empolgante, pois há muito para descobrir. O único ponto baixo na jogabilidade é o tamanho extendido da animação de morte de seu personagem, que facilita a fuga para a sobrevivência mais do que deveria. No entanto, o recurso não é utilizável 100% do tempo. Se houver qualquer fonte de luz próxima ao seu personagem, sua vida não se recupera automaticamente, tornando necessário destruí-las.

Acompanhando-o em sua aventura, está o Darkling, que retorna da primeira versão. Ele perdeu algumas funções que tinha inicialmente, tendo menos poder na sequência e agindo como um personagem auxiliar. Há trechos em que é necessário controlar a criaturinha, quebrando um pouco da ação frenética dos tiroteios.

Em vantagem contra a jogabilidade linear, os inimigos podem aparecer repentinamente no cenário praticamente em qualquer lugar. Acabar com eles é trabalho duro da metade para o final do game, não se deixe enganar pelo início lento e descomplicado. Completando o fator replay, está a tela de upgrades demoníacos do protagonista. O jogador escolhe entre tipos diferentes de atualizações, comprando-as com pontos ganhos durante o jogo. A variedade é grande para um shooter, mas não leva muito tempo para tornar-se realmente poderoso no game.

Por trás de toda a originalidade em The Darkness II há um shooter comum com excelentes visuais. O jogador troca de armas com frequência e deve apenas progredir entre os estágios, mantendo-se vivo. A inteligência artificial não se destaca e alguns inimigos se repetem com frequência. Mesmo assim, o clima dado pela história e o controle sobre as armas extra aliam-se à alta dificuldade para tornar o game viciante e único.

No lado comercial, a produtora preferiu seguir a moda do conteúdo via download lançado como extra para a edição especial, comprada via web.  Além do modo normal de campanha, há apenas o modo Vendetta, que acrescenta missões cooperativas online ou locais para dois jogadores, geralmente baseadas em missões curtas.

O melhor
A injeção de adrenalina proporcionada pelos poderes demoníacos de seu personagem.
O pior
A história interrompe bastante a jogabilidade e há poucos modos de jogo.

Gráficos: 9/10
Estilosos e convincentes, mas apresentam alguma lentidão em pontos determinados.

Jogabilidade: 8/10
Controle quatro braços ao mesmo tempo e faça upgrades de seus poderes. Inimigos pouquíssimo inteligentes.

Som: 10/10
Para jogar com o volume no máximo, boa trilha e ruídos assustadores.

Diversão: 9/10
A campanha acaba rápido, mas a originalidade do título mantém o interesse por mais tempo.

Alternativa(s) do mesmo gênero: F.E.A.R. 3 (PS3)

Nota Final
9/10

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