Gênero: Tiro em
Primeira Pessoa - Fabricante: Digital Extremes - Distribuidor: 2K Games - Site: www.embracethedarkness.com
- Lançamento: 07/02/2012
Poucos
games conseguem trazer uma sensação inovadora construída sobre mecânicas
repetitivas. The Darkness II é um deles, com mais adrenalina que nunca e
história marcante. Jackie Estacado protagoniza a sequência para o game lançado
há mais de cinco anos para os consoles, desta vez como chefe de sua poderosa
família. Com a morte de sua namorada pesando sobre sua consciência, a
Escuridão, verdadeira estrela do game, começa a encontrar seus caminhos de se
manifestar.
Sinta o Poder
Em
jogabilidade, The Darkness II progride sobre as mecânicas do primeiro game e
permite ao jogador o uso dos poderes sobrenaturais de seu personagem. Além das
armas empunhadas à maneira tradicional, os dois braços demoníacos na tela
servem às funções mais divertidas do título, agarrar itens, obstáculos e inimigos
na tela e arremessá-los e partir os inimigos ao meio, causando todo tipo de
destruição imaginável. Eles também coletam armas dos corpos dos inimigos, sendo
possível misturar peças diferentes para cada mão humana a qualquer instante.
A
história é contada de maneira sombria e violenta, imitando uma realidade tensa.
O game faz uso pesado de cutscenes, que interrompem com certa frequência a
jogabilidade. No entanto, as cinemáticas são interessantes e realmente prendem
a atenção. Os gráficos misturam-se bem com as mecânicas de jogo, embora a
movimentação do personagem se distancie um pouco do que jogadores das franquias
mais vendidas estejam acostumados. Já em parte sonora, é melhor colocar um
tampão no ouvido de quem estiver na sala. Não porque os efeitos sejam ruins,
mas porque a trilha sonora bem composta e os constantes ruídos demoníacos do
personagem e dos inimigos são suficientes para elevar os batimentos cardíacos a
um ponto alucinante.
Controlar
todos os recursos do game é complexo e requer prática, mas a sensação de criar
mortes mais violentas para ganhar mais pontos e de ter poder sobrando para
lidar com as ameaças é empolgante, pois há muito para descobrir. O único ponto
baixo na jogabilidade é o tamanho extendido da animação de morte de seu
personagem, que facilita a fuga para a sobrevivência mais do que deveria. No
entanto, o recurso não é utilizável 100% do tempo. Se houver qualquer fonte de
luz próxima ao seu personagem, sua vida não se recupera automaticamente,
tornando necessário destruí-las.
Acompanhando-o
em sua aventura, está o Darkling, que retorna da primeira versão. Ele perdeu
algumas funções que tinha inicialmente, tendo menos poder na sequência e agindo
como um personagem auxiliar. Há trechos em que é necessário controlar a
criaturinha, quebrando um pouco da ação frenética dos tiroteios.
Em vantagem
contra a jogabilidade linear, os inimigos podem aparecer repentinamente no
cenário praticamente em qualquer lugar. Acabar com eles é trabalho duro da
metade para o final do game, não se deixe enganar pelo início lento e descomplicado.
Completando o fator replay, está a tela de upgrades demoníacos do protagonista.
O jogador escolhe entre tipos diferentes de atualizações, comprando-as com
pontos ganhos durante o jogo. A variedade é grande para um shooter, mas não
leva muito tempo para tornar-se realmente poderoso no game.
Por
trás de toda a originalidade em The Darkness II há um shooter comum com
excelentes visuais. O jogador troca de armas com frequência e deve apenas
progredir entre os estágios, mantendo-se vivo. A inteligência artificial não se
destaca e alguns inimigos se repetem com frequência. Mesmo assim, o clima dado
pela história e o controle sobre as armas extra aliam-se à alta dificuldade
para tornar o game viciante e único.
No
lado comercial, a produtora preferiu seguir a moda do conteúdo via download lançado
como extra para a edição especial, comprada via web. Além do modo normal de campanha, há apenas o
modo Vendetta, que acrescenta missões cooperativas online ou locais para dois
jogadores, geralmente baseadas em missões curtas.
O
melhor
A injeção de adrenalina proporcionada pelos poderes
demoníacos de seu personagem.
O
pior
A história interrompe bastante a jogabilidade e há
poucos modos de jogo.
Gráficos:
9/10
Estilosos e convincentes, mas apresentam alguma
lentidão em pontos determinados.
Jogabilidade:
8/10
Controle quatro braços ao mesmo tempo e faça upgrades
de seus poderes. Inimigos pouquíssimo inteligentes.
Som:
10/10
Para jogar com o volume no máximo, boa trilha e ruídos
assustadores.
Diversão:
9/10
A campanha acaba rápido, mas a originalidade do título
mantém o interesse por mais tempo.
Alternativa(s)
do mesmo gênero: F.E.A.R. 3 (PS3)
Nota
Final
9/10
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