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13 de mar. de 2015

Retrô: Metal Gear Solid (PSX)



Gênero: Ação/Aventura - Fabricante: Konami - Distribuidor: Konami - Site: N/D - Lançamento: 21/10/1998


No ano de 1998, as produtoras japonesas ainda estavam com tudo em cima e dominavam o mercado. Também, não era à toa. No mesmo período, a Namco lançava Tekken 3, a Capcom lançava Resident Evil 2 e a Square (ainda sem Enix) lançava Xenogears, que estreou o Baú dos Clássicos. Para não reclamar do ocidente, a Blizzard lançava o eterno Starcraft.
Depois de três anos desenhando, dirigindo e escrevendo o roteiro de Metal Gear Solid, nosso gênio dos games Hideo Kojima finalmente pôde lançar aquele que se tornaria o maior título de espionagem da história do PlayStation, Metal Gear Solid. O Solid, de sólido, no título, representa o formato do game, pela primeira vez tridimensional. Esta era a segunda sequência direta para o primeiro Metal Gear, lançado em 1987 para o MSX2 (um computador), recebendo no ano seguinte uma adaptação para o NES 8 Bits. Isto porque já havia sido lançado, em 1990, para o mesmo console, Metal Gear 2: Solid Snake.
 Quem ainda não conferiu, não sabe o que está perdendo. O game original era dos melhores e já apresentava tudo aquilo que aprendemos a amar desde o PSX, como o rádio Codec, as missões furtivas, os itens únicos, o enredo cativante e, é claro, o super-poderoso Snake. Quem quisesse chegar ao fim da aventura teria de decorar o jogo de cabo a rabo, pois o menor erro não era perdoado.
O curioso é que o game de PSX foi inicialmente projetado para o 3DO, porém, com o lançamento do console da Sony, o mais antigo foi deixado de lado. Só temos a agradecer!


FOXHOUND e Solid Snake
Sabemos que o enredo da série Metal Gear não é o mais simples do mundo. Na realidade, muitas brechas têm de ser preenchidas pela nossa imaginação, mas nada que um pouquinho de explicação não resolva.
O primeiro Metal Gear Solid começa seis anos após os acontecimentos de MG2, do MSX2. A FOXHOUND, uma divisão de operações secretas do exército dos Estados Unidos, descobre que em uma ilha do Alaska, apelidada de Shadow Moses, está abrigada uma poderosa arma nuclear chamada Metal Gear REX. Forças terroristas desconhecidas estão no controle desta ilha e ameaçam o governo americano com o REX, caso não recebam os restos mortais de um terrorista chamado “Big Boss” em menos de 24 horas.
É aí que Solid Snake é mandado pela FOXHOUND ao local, mesmo embora já esteja aposentado, para neutralizar a ameaça. A divisão tem por especialidade realizar missões de infiltração “solo”, para resolver conflitos locais. Seu treinamento era o mais rigoroso possível, envolvendo testes físicos absurdos, como marchar de um país a outro por 15 horas carregando uma mochila de 30 quilos, até conhecimentos em medicina, acontecimentos mundiais, montanhismo e muito mais.
Snake foi mantido em prisão pelos líderes da organização, após se recusar a tomar parte em mais uma missão. Sem escolha, ele tem de infiltrar a base terrorista no Alaska através de um duto de ventilação. É neste ponto que o jogador começa a controlar o soldado, tendo como primeira missão localizar e liberar dois reféns naquele prédio. A partir daí, muito mistério vai prevalecer sobre a história, que só terá seus detalhes revelados nas sequências dos anos vindouros.


A Obsessão Pela Perfeição
O processo de criação de Metal Gear Solid foi um dos mais exigentes de sua época. Kojima afirmava que, se o game não conseguisse convencer as pessoas de que aquele mundo era real, não havia sentido em produzi-lo. Para conseguir isso num hardware como o do PlayStation, nada melhor do que a ajuda de profissionais. O pessoal da SWAT auxiliou diretamente a equipe de produção, demonstrando veículos, armas explosivas e táticas militares. Um especialista em armas também ajudou como consultor técnico do projeto. Nessa história, os caras da Konami chegaram até a praticar sessões de tiro com armas de verdade. Um capricho só.

O Resultado
Que Metal Gear Solid consegue desbancar qualquer filme de ação, você já sabe. Mas, o que o transformou num game tão único para o PlayStation? Elementos parecidos com os do velho “Nintendinho”, em uma escala muito maior. Pela primeira vez no gênero da ação, o objetivo não era correr e atirar em todos, mas sim fazer exatamente o contrário. O jogador era incentivado, desde a primeira tela do game, a agir furtivamente, não revelando nunca suas ações aos soldados inimigos. Para aprender bem, na mesma primeira etapa de MGS, Snake estava privado de qualquer arma de fogo, podendo apenas desmaiar seus inimigos.
Tudo em MGS funciona perfeitamente. O sistema de seleção de itens e de armas foi tão bem pensado, que acabou sendo usado pelo resto da série inteira, sem alterações. Quando era necessário atirar em alguém, os controles não deixavam a desejar. Eles também proporcionavam o suporte perfeito para todas as ações, sendo impressionante poder realizar tantas delas com tão poucos toques.
Durante o curto game (era possível terminá-lo em pouco mais de três horas), armas mais poderosas eram adquiridas, mas apenas precisavam realmente ser usadas contra os chefes. Todos os soldados terroristas poderiam ser evitados, com a técnica certa de despistá-los ou, em casos mais extremos, de enforcá-los e prosseguir em silêncio. A jogabilidade era mesmo revolucionária. Pense em qualquer game de ação que você já jogou e responda. Numa situação de extremo perigo, qual dessas seria a sua melhor opção: uma bazuca, uma submetralhadora com 30 tiros ou uma caixa de papelão?


CQC
Nada era mais útil ou inovador neste game do que o Close Quarters Combat. Outra novidade de então que foi utilizada em todos os games subseqüentes, este sistema permitia uma decente variedade de golpes corpo a corpo, desde o básico combo de soco, soco e chute, que derrubava os oponentes ao solo, até a possibilidade de prender os oponentes em um mata-leão, para ameaçar suas vidas, ou até mesmo pôr fim a elas.
Trilha Sonora
As músicas de MGS foram todas compostas pelo time residente da Konami, trazendo uma das melhores trilhas para qualquer game da década de 90. As músicas se encaixam perfeitamente à ação durante os chefes e são daquelas impossíveis de esquecer. Nada como ter um CD da trilha sonora para perceber com calma a sua beleza.

            Igual, Não Há

            Metal Gear Solid foi um game tão inspirado para a sua época, que até o dia de hoje, muitos acreditam ser esta a obra prima de Kojima. Com os chefes mais marcantes, personalidades e história profundas, trilha sonora e jogabilidade de arrasar, é difícil discordar.

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