Seção

16 de mar. de 2015

Review: Dragon's Dogma (PS3, X360)



Gênero: RPG de Ação - Fabricante /Distribuidor: Capcom - Site: www.dragonsdogma.com - Lançamento: 22/05/2012




Um Desses Games
Dragon’s Dogma é mais um dos pretensiosos títulos para console que adquirem trejeitos de RPGs online massivos para o PC. As batalhas sempre em grupo, a vastidão do mundo completamente aberto e a escolha de missões, assim como os itens e habilidades variados, contribuem para criar a ilusão de um game infinito, como aconteceu com Skyrim ou Kingdoms of Amalur, por exemplo. No final das contas, o game consegue atingir a sua marca. Não há como negar que há muito conteúdo para explorar. A última decisão a ser tomada é se o game diverte durante tanta exploração, ou se acaba se tornando tedioso e repetitivo.

Seja o Dragão
A história é muito bem apresentada através de cutscenes e diálogos bem dublados, durante toda a aventura. Como já visto antes na história dos RPGs, seu personagem é o escolhido, um ser predestinado a mudar a figura do mundo com suas façanhas. Tudo começa quando um dragão toma controle do mesmo, após arrancar seu coração. Renascido, você deve ir à busca do seu coração, para quebrar o controle exercido pela criatura mística. 
O problema com o enredo do título é que as cenas são muito esparsas. Muitas vezes, você está explorando e explorando, cumprindo missões sem fim, sem ao menos saber por que está tendo tanto trabalho. Não que a falta de uma linha marcante de enredo seja prejudicial para a diversão, mas ela deixa uma sensação de vazio para suas ações, o que vai, definitivamente, desanimar jogadores mais apegados à história. Ao menos, o game é extremamente extenso, a missão principal leva mais de 30 horas para ser concluída. Sem revelar nada, damos a dica, o final do game não é exatamente uma maravilha. Enquanto o enredo não agrada, a mística criada em torno de cada personagem é impressionante, em termos de linguagem arcaica, de ambientes originais, enfim, estamos sempre perambulando por um universo vivo e cheio de personalidade, muito acreditável.




Eterno Aprendiz
O jogador nunca se sentirá habilidoso demais em Dragon’s Dogma. O sistema de Pawn, ou Peão, ajuda a manter as coisas mais interessantes ainda. Todas as batalhas são travadas em grupo e, fazendo uso do sistema online, fica muito divertido tentar experimentar com todas as suas opções. O problema é tempo para isso, uma vez que as possibilidades são quase infinitas. No início, você cria seu personagem escolhendo entre as três fundações de habilidades, guerreiro, mago ou arqueiro. Com o tempo, vai criando mesclas entre habilidades das três classes básicas, criando suas próprias classes e variações. No fundo, é como se seu personagem fosse uma tela em branco, lembrando a liberdade que Dark Souls garante aos jogadores quando o assunto é criar seu próprio personagem. Todas as habilidades do game fazem sentido, dando sempre a sensação de que você poderia usar esta ou aquela, tornando as escolhas difíceis. No final, elas fazem toda a diferença em batalha. Não há habilidades consideradas muito melhores que outras, ou seja, basta escolher o caminho que você mais gosta.

Nos controles, a jogabilidade agrada e é bem responsiva e ágil. Os movimentos de esquiva acrescentam reflexos à equação, não deixando que você dependa apenas de seus níveis conquistados para vencer. As lutas envolvem todo tipo de reação da parte dos inimigos e, para vencer a maioria deles, será necessário escalar suas costas e reagir a muitos tipos diferentes de ataque. Infelizmente, o problema que acontecia em Kingdoms of Amalur, da Big Huge Games, continua. Se você correr atrás de melhorar muito seu personagem, deixando a missão principal de lado, vai ter uma surpresa ao retornar a seu caminho. Os inimigos estarão fáceis demais de vencer. 

 Em parte técnica, o game não passa livre de alguns pequenos bugs nos visuais, que começam insignificantes, mas, com o tempo, irritam muito o jogador. Os defeitos lembram os absurdos de Skyrim. Alguns inimigos têm partes do corpo que desaparecem. Na parte mais grave, bugs assombram o marcador de quests, levando o jogador a lugares onde não acontece nada, simplesmente um pesadelo. Mas isto acontece com menor frequência. Para fãs de RPGs de ação, Dragon’s Dogma passa longe de sua promessa de revolucionar o gênero, mas poderá agradar pela quantidade de conteúdo a explorar.

O Melhor
Vasto mundo para explorar até não poder mais.
O Pior
As falhas no marcador de quests.

Gráficos: 8/10
Um mundo muito agradável de explorar, mas contém alguns bugs graves.

Jogabilidade: 9/10
Excelente mecânica de batalha, todas as habilidades são relevantes.

Som: 9/10
Músicas orquestradas para ouvir no último volume.

Diversão: 7/10
Não revoluciona o gênero como o prometido, mas garante boas 40 horas de diversão.

Alternativa(s) do mesmo gênero: Dark Souls (PS3)

Nota Final
8/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário