Gênero: RPG de Ação - Fabricante /Distribuidor: Capcom
- Site: www.dragonsdogma.com - Lançamento: 22/05/2012
Um Desses Games
Dragon’s Dogma é mais um dos pretensiosos títulos para
console que adquirem trejeitos de RPGs online massivos para o PC. As batalhas
sempre em grupo, a vastidão do mundo completamente aberto e a escolha de
missões, assim como os itens e habilidades variados, contribuem para criar a
ilusão de um game infinito, como aconteceu com Skyrim ou Kingdoms of Amalur,
por exemplo. No final das contas, o game consegue atingir a sua marca. Não há
como negar que há muito conteúdo para explorar. A última decisão a ser tomada é
se o game diverte durante tanta exploração, ou se acaba se tornando tedioso e
repetitivo.
Seja o Dragão
A história é muito bem apresentada através de cutscenes e
diálogos bem dublados, durante toda a aventura. Como já visto antes na história
dos RPGs, seu personagem é o escolhido, um ser predestinado a mudar a figura do
mundo com suas façanhas. Tudo começa quando um dragão toma controle do mesmo,
após arrancar seu coração. Renascido, você deve ir à busca do seu coração, para
quebrar o controle exercido pela criatura mística.
O problema com o enredo do título é que as cenas são muito
esparsas. Muitas vezes, você está explorando e explorando, cumprindo missões
sem fim, sem ao menos saber por que está tendo tanto trabalho. Não que a falta
de uma linha marcante de enredo seja prejudicial para a diversão, mas ela deixa
uma sensação de vazio para suas ações, o que vai, definitivamente, desanimar
jogadores mais apegados à história. Ao menos, o game é extremamente extenso, a
missão principal leva mais de 30 horas para ser concluída. Sem revelar nada,
damos a dica, o final do game não é exatamente uma maravilha. Enquanto o enredo
não agrada, a mística criada em torno de cada personagem é impressionante, em
termos de linguagem arcaica, de ambientes originais, enfim, estamos sempre
perambulando por um universo vivo e cheio de personalidade, muito acreditável.
Eterno Aprendiz
O jogador nunca se sentirá habilidoso demais em Dragon’s
Dogma. O sistema de Pawn, ou Peão, ajuda a manter as coisas mais interessantes
ainda. Todas as batalhas são travadas em grupo e, fazendo uso do sistema
online, fica muito divertido tentar experimentar com todas as suas opções. O
problema é tempo para isso, uma vez que as possibilidades são quase infinitas.
No início, você cria seu personagem escolhendo entre as três fundações de
habilidades, guerreiro, mago ou arqueiro. Com o tempo, vai criando mesclas
entre habilidades das três classes básicas, criando suas próprias classes e
variações. No fundo, é como se seu personagem fosse uma tela em branco, lembrando
a liberdade que Dark Souls garante aos jogadores quando o assunto é criar seu
próprio personagem. Todas as habilidades do game fazem sentido, dando sempre a
sensação de que você poderia usar esta ou aquela, tornando as escolhas
difíceis. No final, elas fazem toda a diferença em batalha. Não há
habilidades consideradas muito melhores que outras, ou seja, basta escolher o
caminho que você mais gosta.
Nos controles, a jogabilidade agrada e é bem responsiva e
ágil. Os movimentos de esquiva acrescentam reflexos à equação, não deixando que
você dependa apenas de seus níveis conquistados para vencer. As lutas envolvem
todo tipo de reação da parte dos inimigos e, para vencer a maioria deles, será
necessário escalar suas costas e reagir a muitos tipos diferentes de ataque.
Infelizmente, o problema que acontecia em Kingdoms of Amalur, da Big Huge
Games, continua. Se você correr atrás de melhorar muito seu personagem,
deixando a missão principal de lado, vai ter uma surpresa ao retornar a seu
caminho. Os inimigos estarão fáceis demais de vencer.
Em parte técnica, o game não passa livre de alguns pequenos
bugs nos visuais, que começam insignificantes, mas, com o tempo, irritam muito
o jogador. Os defeitos lembram os absurdos de Skyrim. Alguns inimigos têm
partes do corpo que desaparecem. Na parte mais grave, bugs assombram o marcador
de quests, levando o jogador a lugares onde não acontece nada, simplesmente um
pesadelo. Mas isto acontece com menor frequência. Para fãs de RPGs de ação,
Dragon’s Dogma passa longe de sua promessa de revolucionar o gênero, mas poderá
agradar pela quantidade de conteúdo a explorar.
O Melhor
Vasto mundo para explorar até não poder mais.
O Pior
As falhas no marcador de quests.
Gráficos: 8/10
Um mundo muito agradável de explorar, mas contém alguns bugs
graves.
Jogabilidade: 9/10
Excelente mecânica de batalha, todas as habilidades são
relevantes.
Som: 9/10
Músicas orquestradas para ouvir no último volume.
Diversão: 7/10
Não revoluciona o gênero como o prometido, mas garante boas
40 horas de diversão.
Alternativa(s) do
mesmo gênero: Dark Souls (PS3)
Nota Final
8/10
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