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21 de jan. de 2017

Keoma sobre comunidade, season 2 e planos futuros

"A comunidade tem de entender que personalidade conta", diz o jogador

A season 2 de Street Fighter V está rolando solta e perguntamos a Keoma Pacheco, um dos fenômenos brasileiros dos e-sports, sobre alguns assuntos referentes ao game e à comunidade. Nascido em Porto Alegre (RS), com 27 anos, Keoma usa a personagem Karin, joga no PS4 e está na casa dos 25011 Pontos de Liga. 

Confira o bate-papo a seguir:

Kuroi Games: Como você começou a se interessar por games de luta?
Keoma Pacheco: Meu primeiro contato com Fighting Games foi em 1994/1995 pelo que lembro, com Mortal Kombat II. Não foi exatamente uma questão de percepção, mas de vontade de competir desde o começo.

KG: Como se deu a transição entre ser um amador e tornar-se um jogador competitivo no cenário mundial?
KP: Street Fighter IV veio em um bom momento e foi acessível para todos, com certeza foi a porta que se abriu para que eu tivesse a oportunidade de competir. A mudança de patamar foi de certa forma algo bastante cíclico, já que envolve duas situações simples: Jogar para saber qual a minha distância em termos de habilidade para outros jogadores naquele determinado ambiente. Meu desempenho era o que indicava que eu estava pronto para avançar, apesar do tamanho do salto após a BGS (Brasil Game Show) 2015.

KG:
 Quais as dificuldades enfrentadas por um jogador brasileiro que deseje chegar a este patamar competitivamente?
KP: Provavelmente a maior dificuldade é não pensar em retorno imediato. Minha transição até um nível mais sério e ao ápice que a Capcom Cup 2015 foi demorou seis anos e meio e exigiu muita dedicação, no meu ponto de vista. Acredito que seja mais importante traçar um conjunto de metas pequenas do que almejar algo muito além do seu potencial inicialmente. Apesar disso, Street Fighter é um jogo de natureza competitiva. Na minha opinião, enfrentar alguém no jogo torna você um competidor, de certa forma.

KG: Entre os treinos offline e online, quais você mais utiliza e quais as vantagens de cada modo?
KP: Basicamente uso o online por não ter uma comunidade offline forte por aqui, o que é algo que pretendo mudar em 2017. Acredito que o offline é a base de um bom nível e algumas viagens que fiz como a do Chile no mês passado me ajudaram a comprovar isto.

KG: Na sua opinião, as condições do cenário atual nos jogos de luta permite que jogadores possam se especializar a um nível profissional?
KP: Em termos de nível de habilidade, sim. A comunidade de jogos de luta é extremamente aberta e a informação está disponível em todo lugar, além dos jogadores sérios serem bastante unidos.

KGHá rivais suficientes no Brasil para poder treinar cada matchup em alto nível? Comente
KP: Ainda não. Apesar de nível de habilidade ser algo subjetivo, ainda não temos muitos jogadores de alto nível competitivo com cada personagem.

KG: Comente sobre a sua opinião sobre as mudanças da Season 2 de Street Fighter V
KP: As mudanças da Season 2 parecem interessantes, como por exemplo as feitas nos V-Reversals que tiram seu potencial ofensivo. Algumas exceções como mudanças feitas no Nash de modo geral, EX Bullhead do Birdie e a remoção de invencibilidade em Reversals tornam o conjunto um pouco questionável e o jogo ainda mais linear. No momento acho difícil apontar exatamente qual direção o time de Battle Design está tentando seguir.

KG: Como se dá a sua rotina diária de treinos?
KP: No momento venho adotando uma rotina baseada em tentativa e erro, simplesmente jogando e procurando onde posso tapar alguns buracos da minha mentalidade de jogo, afiando o lado da intuição durante a partida.

KG: Se pudesse mudar algo no cenário nacional competitivo, o que seria?
KP: A visão que muitos jogadores têm sobre o que faz um bom jogador. Acredito que o próximo passo para a comunidade é entender que o quão bom você é com os botões não é tudo, ou seja, a questão de personalidade diante da própria comunidade.

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5 comentários:

  1. Anônimo21/1/17

    Só entrevista de peso! Keoma ídolo!

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  2. Olha, Keoma tem promessa pro offline em 2017! Isso é boa notícia, a gente tá precisando mesmo melhorar o nível da parada.

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  3. jogador21/1/17

    Capcom 2015 até os locutores, que deveriam ser neutros, tavam torcendo pro Keoma, jogou muito!

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  4. Anônimo21/1/17

    Keoma é um excelente jogador assim como tantos outros, mas é estrela, nega informação como brolynho e companhia.. a nata dos tops são amigos entre entres, keoma reclama da cena dele la no RS mas não faz nada por lá, Brolynho movimenta o RJ mas é só jogador do RJ que presta pra ele, o resto ele classifica como sem cerebro como ele mesmo diz, enfim, aqui nessa merda de país não tem cena.. esses caras são idolos das massas newbas casuais, pois quem está la no meio e está lutando pra chegar não tem nenhum incentivo ou apoio.. aliás ótima entrevista, até parece que o Keoma é amiguinho de todo mundo e não zoa os noobs por trás no grupo do whats que ta eles e os demais tops.

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    1. Anônimo21/1/17

      acho que vc ta um pouco equivocado amigo, o Keoma não guarda informação, ele só ta procurando maneiras de passá-las a outros jogadores, ja perguntaram se ele faz coaching e ele sempre respondia que tava procurando um jeito próprio de fazê-lo, aliás não é fácil fazer vc entender SF, mas msm assim ele ja fez mto conteúdo no intuito de ajudar a galera q ta começando, ja fez stream onde ele detalhava a execução de comandos em SF, ja fez stream onde ele analisava o jogo dos viewers, fora a série q ele fez sobre as mudanças dos personagens na S2, ele se importa kra, só não sabe o jeito perfeito de fazê-lo aliás... ngm sabe... mas ainda assim existem conteúdos que falam sobre isso na cena, tem o Discord BR tem o canal de meia lua soco (que é mais pra galera que ta começando e etc), a cena como um todo ainda ta desenvolvendo meios de se ajudar, mas n vai vir tudo perfeito de uma hora pra outra, iniciativas como a do Brolynho ja é um puta avanço

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