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22 de abr. de 2015

Review: Disgaea 4: A Promise Unforgotten (PS3)



Gênero: RPG de Estratégia - Fabricante: Nis - Distribuidor: Nis - Site: disgaea.us/d4 - Lançamento: 06/09/2012


Ajudando na lista de exclusivos do PlayStation 3, o quarto game da série Disgaea deve agradar aos fãs de RPGs estratégicos, um gênero que já viveu seus tempos de glória e sucesso na década de 90.
Não se engane com os gráficos ultrapassados, a Nis é uma empresa altamente experiente no assunto RPG japonês e, no final das contas, toda esta experiência é posta em prática para criar um dos games mais hardcore disponíveis no sistema.




Caçador de Vampiros
A história deve agradar a quem curte um bom conto de terror. Num mundo místico habitado por vampiros, lobisomens e outras criaturas da escuridão, guerras estão estourando por todo lado, tornando a existência uma dura tarefa. Armas de destruição em massa assustam as pessoas, criando um clima caótico de apocalipse e medo.


Sendo assim, os humanos têm mais medo de si mesmo do que de fantasmas. Conforme progride e acompanha a história, o jogador vai acabar envolvido com os carismáticos personagens, todos com seus próprios panos de fundo e suas próprias personalidades. Eles são apresentados em uma forma de mangá até mesmo infantil, podendo dar uma falsa ilusão de que estamos contemplando uma história para crianças. Mas, se a chance for dada, um mundo intrigante será revelado ao jogador.




Muitas Possibilidades Aguardam
Se há algo que torne um RPG de estratégia realmente hardcore, é o seu sistema de batalha. Toda a jogabilidade se dá em campos de guerra, predispostos na forma de tabuleiros. Basicamente, você controla cada personagem de sua equipe em seu devido turno, podendo se movimentar e atacar fisicamente ou com magias.


É aí que o que parece simples começa a se mostrar complicado e cerebral. Cada inimigo tem suas fraquezas e suas forças, sendo necessário encontrar o ponto fraco de cada um deles na raça, na base da tentativa e erro. Some isso às opções de posicionamento e a estratégia começa a prevalecer.
Contribuindo para a experiência hardcore, os menus e as atribuições dos personagens são pra lá de complexos, mas têm boa navegabilidade. Cada um deles conta com uma barra de HP e uma de SP, os Skill Points, usados para todas as magias e habilidades. Além disso há seis espécies de status diferentes. Ataque, responsável por dano físico, Inteligência ou dano mágico, Hit, a chance de acerto, Defesa a resistência física, Resistance, a resistência a magias e Speed, que controla a liberdade de movimentação pelo tabuleiro.



Assim sendo, cada componente de seu time terá de ser explorado de acordo com suas capacidades, não adiantando nada tentar atacar fisicamente com um personagem feito para o combate com magias.
Está disponível em campo de batalha um interessante sistema de combos, que exige muito planejamento para poder ser executado corretamente. Os resultados são devastadores! Além dos ataques e das habilidades tradicionais, existem nove sistemas diferentes que funcionam em combate, dando um show de variedade na hora de jogar. Esses sistemas vão desde atirar itens e personagens contra inimigos, até a explorar a geografia dos cenários a seu favor.


Embora os gráficos pareçam nos levar imediatamente à década passada, o game conta com belas e originais animações de batalha, uma para cada habilidade diferente. Portanto, mesmo com imagens da velha guarda, o game é bonito de contemplar, principalmente para quem gosta de animação japonesa.


Entre um combate e outro, o seu grupo poderá visitar a prisão de Hades, cenário inicial do game, para comprar itens e equipamentos, conversar e recrutar novos membros, para que tudo esteja pronto para o próximo round.



Quando vence um mapa, o jogador adiciona aquele território à sua livraria. Voltando à cidade, é possível aumentar a quantidade de membros do seu grupo baseado em quantos territórios você conquistou. 


Para completar a diversão, não poderia faltar uma trilha sonora bem composta, afinal, estamos falando de centenas de horas válidas em jogabilidade para aqueles que desejarem alcançar tudo que é possível. 


Como dá para perceber, a complexidade é o ponto forte da série Disgaea, tendo em sua quarta instalação uma continuação digna e, acima de tudo, longa e trabalhosa. Para quem tem saudades dos tempos de popularidade dos RPGs de estratégia, a escolha não tem como dar errado.

Veredicto
O melhor
Conteúdo verdadeiramente hardcore vai agradar a fãs do gênero.
O pior
É preciso entender bem o inglês para acompanhar a história.

Gráficos: 6/10
Realmente ultrapassados, mas salvos por animações criativas a cada golpe.

Jogabilidade: 10/10
Muitos sistemas diferentes influenciam no resultado de suas batalhas. O caminho para se tornar um mestre é longo.

Som: 8/10
Músicas inspiradas contribuem para dar um tom épico à aventura.

Diversão: 10/10
Disgaea pode ser o game que o fará gostar de RPGs estratégicos. Se já é o caso, não espere mais um minuto.

Nota Final
9/10

Alternativa(s) do mesmo gênero: Final Fantasy Tactics (PS3)

 

  


14 de abr. de 2015

Como consertar problemas conhecidos de GTA V para PC

Rockstar divulga soluções para os erros mais encontrados


Finalmente, os jogadores de PC receberam sua cópia de GTA V, lançado para consoles em setembro de 2013. Mas a alegria de muitos está sendo ameaçada por uma série de erros, dos mais simples aos mais comprometedores.

Por sorte, a Rockstar Games divulgou soluções para acabar com o choro de todos. Confira:

O download está parado
("The Rockstar update service is unavailable (code 1).")
Pode ser culpa do nome da sua conta no Windows. Se o nome contiver caracteres que não sejam números de 0 a 9 e letras, o jogo não vai instalar. Por enquanto o único jeito é mudar o nome, mas a fabricante está trabalhando em uma solução para o problema.

"Unable to detect Windows Media Player"
Abra o Painel de Controle
Clique em "Programas e Recursos"
Clique em "Ativar ou desativar recursos do Windows"
Na janela que vai abrir, verifique se o Windows Media Player está ativado na caixa "Recursos de mídia"

Erros no "Rockstar Social Club"
Clique aqui para reinstalar o Social Club. O jogo deve estar fechado enquanto isso. Se não adiantar, procure pela última versão do DirectX e do Visual C++, ou tente desabilitar seu antivírus.

Algum erro que não está listado? Deixe-nos saber nos comentários abaixo!
 

9 de abr. de 2015

Game Art: Soul Calibur




Uma das melhores séries de luta de todos os tempos, Soul Calibur conta a história da luta entre a espada de mesmo nome e a espada Soul Edge, uma arma maligna que se alimenta de almas humanas.
A franquia atingiu o seu ápice na terceira versão, para o PlayStation 2. Além de apresentar excelente jogabilidade, os personagens contam com histórias pessoais envolventes e profundas e, como não poderia deixar de ser, a arte visual do game é extraordinária. Aprecie os cenários e os lutadores do século XVI, quando a forte batalha entre o bem e o mal sobre as almas dos seres humanos está prestes a ser disputada novamente. 

Tudo começa quando o herói Siegfried consegue selar o poder da Soul Edge e separar-se do vilão Nightmare, após os eventos de Soul Calibur 2. Entretanto, ao ser derrotado com golpes da Soul Calibur, Nightmare absorve para sua armadura o poder desta espada. A armadura, então, adquire vida própria e, agora, é necessário não deixar que a espada maligna Soul Edge chegue às mãos de uma entidade tão poderosa. Hora de escolher seu melhor personagem e lutar!

 










8 de abr. de 2015

Video Gameplay: DoDonPachi (Arcade)

Um dos shooters mais difíceis e, por que não, um dos títulos mais difíceis já feitos. Isso não impede que o game, lançado para fliperama em 1997 pela Atlus, seja também um dos mais divertidos de seu gênero. Confira alguns segundos da jogabilidade a seguir e decida se este é um desafio próprio para você!

Trilha: Aural Vampire - Cannibal Coast


Os melhores fones de ouvido intra auriculares abaixo de 40 dólares

Blog da Time convoca especialistas e elege marca de melhor custo-benefício

Quer jogar como um campeão sem gastar centenas ou milhares de reais em um headphone? A Time acaba de publicar a escolha de seus especialistas no assunto. De uma maneira resumida, os fones de ouvido Brainwavz Delta IEM, que custam US$ 22,50, são confortáveis e reproduzem som de qualidade em até 100dB, volume suficiente para ouvir seu adversário se aproximar à maior distância possível.

É claro que o fone foi desenvolvido especialmente para uso com smarphones, mas, de qualquer maneira, são perfeitos para o uso em jogos eletrônicos, seja em consoles, portáteis ou no PC.

Apenas corra para fazer seu investimento, pois, após a divulgação pelo veículo norte-americano, a demanda deve aumentar bastante. Todos os principais sites de vendas online internacionais possuem o produto.


1 de abr. de 2015

TOP 5: O dia da mentira nos games

Veja as melhores brincadeiras que rolaram neste 1º de abril

Daigo Umehara encerra carreira para virar contador
Esta foi um tanto óbvia, mas engraçada mesmo assim. Um site revelou ao mundo que Daigo Umehara, o jogador profissional com o maior tempo de atividade no mundo, estaria se aposentando da carreira para tornar-se contador. O engraçado é que o japa gravou uma entrevista completa dando todos os seus motivos para a troca de rumo profissional.

Cabeções em Heroes of the Storm
O MOBA da Blizzard Entertainment recebeu uma notícia inesperada. A partir de agora, seria possível mudar a aparência dos seus heróis para o formato Super Deformed, ou, para os brasileiros, "cabeção". Tudo não passou de uma pegadinha da equipe.

Este jogo falso de zumbis dançantes estrelando Adolf Hitler

 O lançamento do PlayStation Flow
Quem nunca quis jogar debaixo d'água? 

O mouse flutuante da Razr
Até que gostamos de verdade deste aqui


EnVyUs vence SLTV StarSeries XII e embolsa US$ 18,000

Após o evento, a dúvida: Quem poderá tirar o lugar dos franceses?
No dia 29 de março, aconteceram as grandes finais de Counter Strike: Global Offensive pela taça da décima-segunda StarSeries. Com a ausência recente do pesadelos das competições offline, a equipe Fnatic, a equipe EnVyUs pôde estabelecer verdadeiro domínio sobre o torneio.

Após deitar e rolar sobre os adversários através dos dois primeiros dias de embates, os franceses venceram a equipe Ninjas in Pyjamas (NiP) por três partidas a zero, eliminando a melhor de 5 rapidamente e sem espaço para dúvidas. Desta forma, levaram para casa o prêmio de 18 mil dólares. Os destaques da equipe foram os jogadores Happy e SmithZz.


30 de mar. de 2015

Review (primeira olhada): Pillars of Eternity (PC, Linux)



Gênero: RPG - Fabricante: Obsidian Entertainent - Site: eternity.obsidian.net - Lançamento: 26/03/2015

Foram mais de 4 milhões de dólares em doações que tornaram possível este projeto, por algumas das mãos mais experientes da indústria neste gênero. O que poderia dar errado? Pillars of Eternity já é considerado um dos mais inovadores RPG's para computador desde Baldur's Gate. A comparação não é sem mérito. 
Para os habituados ao gênero, não haverá grandes surpresas. O game é controlado como em qualquer outro, bem como familiar em todas as esferas, como ponto de visão, o sistema de quests, a criação de personagens em extensas fichas virtuais. Mas é nos pequenos detalhes que o brilho do game começa lentamente a se manifestar. Em apenas alguns instantes, o jogador está envolvido na história e ditando seus rumos com toda a propriedade. Então percebemos que o sistema de batalhas é inovador, permissivo em sua interface, abrindo portas de acordo com a habilidade de quem controla o grupo. Notamos o excelente trabalho de dublagem e o carinho da produtora ao localizar o título para diversos idiomas. Vimos o trabalho de arte marcante e a riqueza dos ambientes. E, com uma olhada para a árvore de raças, classes e habilidades, é notável o esforço inspirado que os produtores fizeram para tornar este um favorito do público.

Em resumo, Pillars of Eternity é tudo que um adepto do gênero pode pedir. Inclusive na dificuldade, que é desafiadora no Normal, mas chega a níveis risíveis dois degraus acima, na chamada Path of the Damned, que limita o número de itens no inventário e aumenta a quantidade (e a qualidade) dos inimigos. Sim, há a opção de modo "Permadeath". O jogo é gentil o suficiente para apagar seu arquivo para você em caso de morte do personagem. 

Tempo? Não vamos comentar antes do fim, mas é bom se preparar para uma longa jornada. Não apenas por se tratar de um mundo absurdamente gigante, para todos os padrões já vistos. O título tem uma maneira original de contar mais sobre sua história, em bilhetes, livros e na estranha habilidade paranormal de seu personagem para ler a alma (e a história íntima e completa) de alguns habitantes de cada local. E, as dungeons estão para lá de imprevisíveis, exagerando nas armadilhas e nos quebra-cabeças.

Em Pillars of Eternity, as escolhas iniciais da criação de seu personagem decidirão muito do caminho a ser percorrido, não apenas em batalha mas, principalmente, nas opções de diálogo e nos pequenos atalhos que cada ramo de habilidades garante ao longo da missão principal. Apenas lembre-se de vestir alguma armadura, pois o trajeto não será nada tranquilo...

(continua)

Cuidado com as trocas de hardware no seu PC

Plataforma Origin pode suspeitar de usuário e deixá-lo bloqueado
Imagens: Internet
Se você fizer alterações demais aos componentes de seu computador, os sentinelas virtuais bem treinados dos servidores da Origin poderão considerar a sua conta suspeita. A empresa confirmou a informação após feedback de um usuário, que realizava testes com diferentes placas 3D para o desempenho de Battlefield Hardline, tendo sua conta banida.

O "problema" está no contrato de serviço. A Origin permite que cada usuário jogue em até 5 máquinas diferentes por dia. Quando há uma troca desse tipo, o contador é acionado.

Mas nem tudo está perdido. Em comunicado oficial, a Electronic Arts, detentora da plataforma, garante que seu suporte técnico está pronto para ser contatado e garantir permissão a quem desejar realizar mais de 5 testes diários diferentes.



24 de mar. de 2015

Saiba tudo sobre Breath of Fire 6

Capcom dá mais detalhes sobre o título
Lançamento: 2015

A fabricante acaba de revelar mais informações sobre a próxima instalação de sua série de RPG mais bem-sucedida, a ser lançada para PC e plataformas móveis. Confira:

Sistema de classes
Ao subir de nível com o seu personagem, será permitido escolher entre diferentes ramos de habilidades configurados em classes, à la Final Fantasy Tactics. Confira na imagem abaixo:


Customização de visuais
Os personagens terão à disposição um rol de produtos cosméticos, para dar aquele visual único de acordo com a sua personalidade.

Transformação
Como não poderia deixar de ser num game da série, haverá diferentes dragões em que o protagonista poderá se transformar.

Missões cooperativas
Crie uma sala online e comece a explorar o game em companhia de amigos. O limite de jogadores por sessão ainda não foi divulgado.


19 de mar. de 2015

Criador da série Metal Gear Solid poderá deixar a Konami em breve

Fontes extra-oficiais de dentro da produtora garantem a saída, mas são contraditas por fontes oficiais


Hideo Kojima, a mente por trás de todos os títulos da série Metal Gear até então, confirmou intencionar deixar a fabricante Konami assim que o título estiver concluído. O site Gamespot indica que houve atrito entre a produtora e alguns de seus principais líderes, entre eles, o próprio Kojima, quando a Konami impôs restrições à participação pessoal de alguns funcionários no processo de divulgação do game.

Além da saída de Kojima, a disputa pode levar toda a equipe gerencial da empresa a debandar em breve. O contrato dura até dezembro deste ano, data marcada para a debandada. Fontes secretas do site Gamespot afirmam que o acontecimento estaria motivando a equipe a tornar este um jogo especial, a ser bem recebido pelos fãs de longa data.

Enquanto isso, representantes oficiais da Konami se limitaram a contradizer estes acontecimentos, afirmando que "A Konami Digital Entertainment, incluindo o Sr. Kojima, continuará a desenvolver e a suportar os produtos Metal Gear. Por favor continuem atentos a futuros pronunciamentos."

Retrô: Xenogears (PSX)



Memórias de uma luta por sobrevivência no deserto


No ano de 1998, uma Squaresoft dominadora do mercado de RPGs lançou para o Sony Playstation o jogo que carregaria o seu maior e mais elaborado enredo, Xenogears, em uma caixa com CD duplo. O game tinha todos os quesitos acima de seus precedentes, contando com um sólido sistema de batalha em um mundo aberto e cheio de trabalho. Quem desejasse ver o final normalmente teria de passar por mais de 100 horas de jogo. Não que isso fosse muito quando falamos de um título dessa qualidade.


Uma história de Deus

A história de Xenogears se passa no ano 2001. Um estranho objeto é encontrado em um campo geológico, cientistas começam a crer que encontraram a origem da vida na Terra. As hipóteses apresentadas em torno do assunto geram polêmica entre todos, ainda mais quando foi comprovado que o objeto tem mais de 4 bilhões de anos de idade, muito mais do que a idade do planeta. Conforme o tempo passa, as grandes junções científicas falham em descobrir qualquer coisa sobre o assunto, passando-o adiante a cientistas amadores do projeto Zohar, que tampouco desvendam o mistério. 


Cinco séculos depois, os humanos estão prontos para deixar a Terra. O calendário é substituído, marcando a transição para a Era Transcendental a Cristo e rebatizando nosso planeta, agora selado, para “Velha Jerusalém”. Após vagarem a esmo no espaço por 250 anos, a tripulação finalmente encontra um planeta com condições de vida, colonizado com o nome de “Nova Jerusalém”. A vida parece ter encontrado o seu rumo, até que algo acontece...

O mesmo estranho objeto é encontrado em uma nave sem tripulação, pertencente a uma seita religiosa, vinda da Velha Jerusalém. Os trabalhos de pesquisa são então reiniciados. Um computador chamado Deus consegue controlar a energia biológica do objeto. As coisas dão errado e Deus assume o controle da base humana, abrindo um transporte à Velha Jerusalém. O comandante não aceita que os humanos retornem e sai pelo espaço novamente, separando-se de Deus, que cai na antiga Terra. Um novo ciclo de vida é iniciado do zero no planeta, dando origem ao enredo de guerras vivenciado pelo jogador em Xenogears.


100 horas, sem problemas

Xenogears não se tornou um clássico à toa. A Squaresoft, em sua melhor forma, criou uma gama de personagens altamente carismáticos para acompanhar o jogador durante uma aventura tão enorme, ao menos para a época. O último RPG de tanto sucesso, também da mesma softhouse, havia sido Final Fantasy VII, grande responsável pela popularização do gênero no ocidente.

Os gráficos não eram lá grande coisa mesmo para os padrões da época, mas para o core gamer isso não era a coisa mais importante. A ambientação era feita num 3d pixelado e os diálogos apresentavam os nossos velhos conhecidos personagens desenhados.

Uma característica do título que virou referência eterna no gênero foi o seu sistema de batalha. Com personagens em 2D num tosco fundo 3D, as batalhas eram das mais satisfatórias já vistas. Os ataques, sempre por turno, eram desferidos mediante diferentes combinações de botões, que formavam especiais mais fortes. Conforme ganhava experiência e subia de level, o personagem ia ganhando (além de HP e MP) pontos de ação, que permitiam o desencadeamento de golpes e de combos mais poderosos.

À parte de toda a ação, os diálogos obrigatórios eram sempre extremamente longos, o que é justificado pela história mais profunda já vista em um game. Era difícil escolher qual dos personagens era mais cativante. Todos possuíam uma personalidade única e aprofundada, e são muitos deles. Esses personagens já teriam conteúdo suficiente para qualquer RPG, mas há outros, cujo nome do game menciona. Os Gears.
Os Gears

Neste game os grandes robôs chamados de Gears são um espetáculo à parte. Cada um dos personagens jogáveis principais possui o seu próprio Gear, que parece refletir as suas personalidades. Claro, os robôs podiam (e tinham de) ser utilizados em batalha. Quando um personagem possuía meros 600 pontos de HP estando em boa forma, um Gear em seus primeiros passos tinha aproximadamente 15 mil. Partes podiam ser adquiridas em lojas ou por outros meios para equipar e melhorar os Gears, tornando a administração desses tão essencial para o progresso no jogo quanto os próprios personagens.

Antigamente, as coisas eram mais difíceis. Algumas vezes, jogadores avançados no game, com cerca de 70 horas jogadas, tinham que iniciar tudo de novo após salvar o jogo na sala de um chefe que não estavam prontos para enfrentar. Chefes mais poderosos que não participavam do enredo, possibilidade de explorar o mapa mundi à vontade, tudo foi trazido para a jogabilidade, à qual não falta absolutamente nada.

Por isso, Xenogears foi sucesso instantâneo no mundo inteiro, para crítica e jogadores. Chegou a ser eleito o décimo sexto melhor game de todos os tempos pelos leitores da revista nipônica Famitsu, famosa por ser a mais exigente de todos os tempos. Após vender dois milhões de cópias no PSOne, recebeu uma versão Greatest Hits em 2003 e foi lançado para download na PSN em 2008. 

 As sequências

A franquia recebeu uma trilogia de sequências para o Playstation 2 em 2003, 2005 e 2006, produzidas pela Namco. Sob o nome de Xenosaga, não chegaram nem perto do sucesso alcançado pelo game original, embora sejam bons títulos. Todos são anteriores a Xenogears.em cronologia. Embora tenham recebido em média boas críticas da imprensa, as continuações eram RPGs bastante tradicionais em sua fórmula, porém os longos diálogos, que foram mantidos através de toda a série, causavam tédio em jogadores já acostumados a títulos com mais ação.

As cenas em anime continuaram (muito melhoradas) e os personagens da trilogia são tão cativantes quanto os do original, o que torna o título importante para fãs tradicionais do gênero. O PS2 foi um console que ficou marcado por descaracterizar grandes séries de RPG, o que não aconteceu ao menos com Xeno, onde as batalhas continuam sendo por turnos e a tradição foi mantida. São horas de jogo obrigatórias para os donos de um PS2 que não tenham medo de ler bastante e entrar de cabeça numa história profunda.