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16 de fev. de 2017

NES Classic Mini traz à tona nossas péssimas maneiras de mercado

Afinal por que pagamos 800 reais em algo que custa 59 dólares?

Que a política brasileira taxando jogos de videogame, inexplicavelmente, na mesma "baciada de impostos" que jogos de azar (proibidos no país), não vai mudar tão cedo, todo mundo já sabe. Novas tentativas de taxar mais ainda os games eclodem rotineiramente, mas, à melhor maneira brasileira, estamos acostumados a prestar atenção em problemas muito maiores. 

Mas, afinal, qual é a mágica que acrescenta tantos zeros à etiqueta dos protudos? Somos o 11° maior mercado de games do mundo, mas isso acontece apesar, não por causa, dos preços. 

A explicação está mais para o governo que para os lojistas, apesar dos últimos formarem um capítulo à parte. Aqui está como funciona a taxação sobre cada jogo ou aparelho importado:

IPI (Imposto de Importação): 20%
Imposto sobre Produtos Industrializados: 30%
PIS/Cofins: 9,25%
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: 18 - 25%

Todos estes impostos são somados matematicamente, tornando um título praticamente 85% mais caro "por natureza", ou seja, é algo que o nosso governo considera altamente supérfluo, obrigando quem opta por tal supérfluo a colaborar com aqueles cujas preocupações são mais básicas.

Para fazer as contas: A cotação do dólar comercial está, hoje, a R$3,0841

Mas, até então, os 59 dólares do NES Classic Mini ainda não custam 800 reais. É aí que outras entidades entram na história. Atualmente, no Brasil, a NC Games mantém o monopólio das importações de títulos. O que favorece "um pouco" na hora de cobrar pelo custo de tal serviço. Ninguém tem exatamente este número, então apenas acrescente o que sua imaginação mandar ao preço.

Finalmente, o lojista, que repassa toda esta carga tributária e custos de importação ao consumidor final, o freguês. A média é de que as lojas não vendam por menos de 100% de lucro.

É claro, no caso dos consoles propriamente ditos, como o NES Classic Mini, os impostos aumentam muito, contribuindo para a bola de neve de dinheiro que você deve desembolsar por este, um aparelho de manufatura claramente simples, para dizer o mínimo, em termos de hardware. (Para as capacidades atuais da tecnologia, o NES Classic Mini é literalmente sucata).

Fez as contas e ainda não entendeu de onde surgiu a etiqueta de 800 reais?

... Bem, nem eu.



4 de fev. de 2017

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1 de fev. de 2017

Vendas de Street Fighter V atingem uma parada

Game falha em atrair novos jogadores, Capcom anuncia péssimo número de vendas

De acordo com a Capcom, Street Fighter V atingiu uma queda vertiginosa em vendas. Nos últimos nove meses até dezembro passado, apenas 100 mil unidades foram vendidas. Os números contrastam com março de 2016, quando o título havia vendido 1,4 milhão de cópias.

Entenda o que isso quer dizer. De seu lançamento em fevereiro de 2016 até o fim de março de 2016, o game vendeu 1,4 milhão. Do primeiro mês até agora, apenas mais 100 mil unidades saíram das prateleiras.

Compare com Dead Rising, outro game da mesma produtora, que vendeu 700 mil cópias apenas em dezembro passado, e temos um problema de mercado. Bem, parece que não é culpa apenas da comunidade de luta ser pequena, resposta que muitos dariam às péssimas vendas de SFV.

Como sabemos? Basta olhar para os números. Super Smash Bros. Brawl vendeu nada menos que 13 milhões de cópias e Street Fighter II: The World Warriors vendeu 6,3 milhões. Já Smash Bros. para Wii U vendeu 2,2 milhões.

A franquia Tekken, ao todo, soma mais de 40 milhões de jogos vendidos. Ou seja, há mercado para jogos de luta, não se pode culpar a comunidade de ser pequena. O que poderá salvar as vendas de Street Fighter V? O tempo dirá.